quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ENTRE A VIDA E A MORTE - A HISTORIA DA VIDA SOBRE A MORTE

Objeção de Consciência

Morrerei, mas isto é que farei pela Morte.

Ouço – a retirar seu cavalo da estrebaria; ouço o ruído no chão da cocheira.

Ela tem pressa; tem compromisso em Cuba, compromissos no Bálcãs, muitos chamados atenderem na manhã de hoje.

Mas não hei de segurar-lhe a rédea enquanto ela aperta a cilha.

Ela que monte por si mesmo; não ajudarei a erguer-se até a sela.

Embora ela chicoteie meus ombros com seu relho, não lhe direi para onde a raposa foge.

Com seu casco em meu peito, não lhe direi onde jovem negro se oculta nos pântanos.

Morrerei, mas isto é que farei pela Morte; não estou em sua folha de pagamentos.

Não lhe direi por onde andam meus amigos nem meus inimigos.

Ainda que ela me faça muitas promessas, não lhe traçarei o mapa a porta de ninguém.

Sou eu uma espiã no mundo dos vivos, entregando à Morte os homens?

Irmão, a senha e a planta de nossa cidade comigo estão em segurança; nunca, por meu intermédio, serás vencido.

Edna STF. Vicent Millay

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